Aposentando-se de si mesmo.

Muitos já devem ter ouvido falar de que há moços velhos e velhos moços.

Só depois de adulta consegui compreender isso plenamente.

Ao longo da vida vamos sempre nos encontrando com pessoas que traduzem esse conceito através de seu estilo de vida e comportamento.

É triste ver que às vezes, muitos,  ainda jovens, aposentam-se de si mesmos.

Deixam-se moldar por pensamentos negativos,  experiências difíceis ou dolorosas, relacionamentos frustrantes e perdas permanentes ou temporárias.

É fácil identificar pessoas que pensam como verdadeiros aposentados.

Em geral, elas se impõem limitações que na prática não existem. Sentem-se impedidas de realizar determinadas coisas. Acreditam que tal atitude ou comportamento não combina com a sua idade,que não estão suficientemente atualizadas.

Enfim…privam-se espontaneamente de uma série de desafios, prazeres e oportunidades.

Deixam que as queixas e lamentações ocupem o lugar dos sonhos e das esperanças.

O contrário também é verdade. Não é difícil identificar pessoas com muitos anos de vida, mas com espírito extremamente jovem.

Essas pessoas tem a capacidade de se reinventar constantemente. Se negam a acreditar  em supostas limitações ou impedimentos. Guiam-se pela vontade, pela disposição,  pelo prazer e pela coragem de  desafiar o novo.

Apaixonam-se com facilidade e a sua energia e alegria é capaz de contagiar quem os cerca.

Gosto muito de MPB (música popular brasileira) e me encanta ver como alguns ícones da nossa música, estão avançando em idade sem no entanto envelhecer. É o caso por exemplo de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Ambos continuam criando, experimentando coisas novas e evoluindo, em completa sintonia com o mundo atual.

É como diz Mário Quintana “Tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente”.

E você? Já está se aposentando ou ainda se sente alimentado e desafiado pelos seus sonhos?

Primeiro Eu!

 

“Não se pode ter maior domínio do que o exercício sobre si mesmo.” — Leonardo da Vince

Vivemos hoje uma verdadeira crise em termos liderança. As eleições municipais realizadas nas últimas semanas, são uma prova inconteste. Na ausência de líderes de verdade, vimos vários personagens, que podem ser considerados até folclóricos, candidatando-se a cargos de liderança política.

Infelizmente a crise não é só na política. Os cientistas sociais e consultores empresarias alertam: a crise é profunda, há em todos os setores, uma falta generalizada de líderes.

Não é fácil encontrar pessoas, que sendo muito talentosas em sua área específica de atuação, consigam também mobilizar uma equipe e gerar resultados.

Grande parte das pessoas promovidas a cargos de liderança, perdem-se totalmente quando começam e coordenar uma equipe. Já vi muitas pessoas recém alçadas a cargos de liderança, pensarem “agora si. Atingi meu objetivo: sou chefe! Agora eu mando e os outros obedecem. Façam o que eu digo!”

Delegar responsabilidades,promover o desenvolvimento dos colaboradores e gerar resultados, não é tarefa para todos.

Ao longo da minha experiência, selecionando, contratando, treinando e muitas vezes,  demitindo, líderes de diversas áreas, aprendi uma coisa extremamente importante e que procuro praticar: ninguém pode liderar a outros, se antes não liderar a si mesmo!

Neste sentido podemos dizer que a liderança também é, em parte, uma questão de opção. Ninguém pode ser forçado a desenvolver seu domínio pessoal, mas ninguém se tornará um líder de verdade se não puder fazê-lo.

Dee Hock, ex –executivo emérito da Visa e criador da teoria Caórdica, a qual propõe conceitos que desafiam as nossas crenças  sobre as organizações a administração e a liderança diz o seguinte:

“Convido-o a LIDERAR A SI MESMO, liderar seus superiores, liderar seus iguais, liderando seus subordinados para que façam o mesmo.” – Dee Hock.

De acordo com Dee Hock temos que dedicar 50% do nosso tempo e da nossa capacidade nos liderando. Os outros 50% devem ser assim distribuídos: 25% para liderar  nossos superiores, 20% para liderar  nossos iguais e 5% liderando nossos colaboradores.

Pense nisso: quanto do seu tempo você tem gasto liderando a si mesmo?

Primeiro Eu! Sim, somente se estivermos dispostos a nos desafiar constantemente, buscando um contínuo desenvolvimento pessoal; somente se houver grande determinação e disciplina para realização de nossos objetivos e metas pessoais é que poderemos pensar em liderar a outros. Liderar pelo exemplo é a única forma de inspirar as pessoas a oferecerem verdadeira e espontaneamente o melhor de si, desta forma será possível dizer “faça o que eu digo e faça o que eu faço”. 

Um momento feliz é a gente que cria – Pão de Açúcar

Sou fã do supermercado Pão de açúcar.

Para minha sorte tem 3 lojas no meu caminho, a da R. Sócrates -mais próxima de casa e minha preferida – a da Washington Luis e a da Ascendino Reis.

O atendimento é ótimo e a loja aconchegante, além do que,  encontro lá tudo o que eu procuro, meus produtos e marcas preferidas.

Quando me irrito com o trânsito e digo que vou embora de São Paulo, meus filhos dizem:

– Duvido mãe!  Como você vai viver onde não tem pão de açúcar?

Não é raro me  encontrar às 7:30 da manhã na cafeteria do pão de açúcar.

Neste horário já deixei as crianças na escola e fiz um supermercado rápido.

Adoro comer pão de queijo, tomar um chocolate e finalizar com um amareto ou pão de mel.

E foi em um desses dias, sentada na cafeteria,  que fiquei pensando o quanto me identifico com o slogan: um momento feliz é a gente que cria.

É isso!

A felicidade é feita de pequenos momentos:um almoço em família, uma pizza com amigos, um bolo caseiro para comemorar o aniversário, um chá na cama no fim de noite, enfim…momentos aparentemente rotineiros,ao lado das pessoas que amamos.

Quando sentimos saudades dos parentes e amigos que se foram ou que estão distantes é destes pequenos e maravilhosos momentos que nos lembramos.

Recentemente perdi um amigo querido e é difícil passar um dia sem me lembrar dele, talvez por isso, tenha passado a valorizar ainda mais,  as coisas simples que faço ao lado das pessoas que amo.

Aproveite ao máximo a companhia da família e dos amigos, e na loucura da rotina diária , aproveite também a sua própria companhia, experimente curtir um momento só seu.

Experimente se presentear com um momento feliz. Pode ser um café com amareto, uma água de coco no meio do dia, um filme de fim de noite, um livro novo, enfim…seja o que for, crie seu momento feliz.

E não se  esqueça das palavras de Clarice Lispector

“Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. … E esperança suficiente para fazê-la feliz”

Você prefere estar na moda ou ser feliz?

No próximo ano, estarei completando 20 anos de serviços prestados a uma mesma organização.

Sempre que declaro isso a alguém, percebo nas pessoas uma reação que é um misto de admiração, descrença e lástima.

Muitas vezes, fica uma nítida sensação de que as pessoas lamentam por mim, o fato de eu ter passado ou dedicado tanto tempo da minha vida a uma única organização.

Nunca me senti assim, porque  a empresa em que trabalho hoje, exceto pelos valores e cultura, em nada se parece com a empresa em que iniciei minhas atividades no ano de 92.

Foram tantas as ações de revisão estratégica,  de mudança de  estrutura e de posicionamento de marca, de inovações em termos de tecnologias, políticas, práticas,  e procedimentos.

Foram tantos os projetos, os eventos e as ações que tanto desafiaram o meu potencial, que não posso lamentar em nada, ao contrário, agradeço muito a oportunidade,  de durante todo este tempo,  ter participado da construção de uma marca importante no mercado varejista brasileiro e mais que isso,através da ação do RH,  ter contribuído para o fortalecimento de uma cultura de simplicidade, transparência, portas abertas e valorização das pessoas.

Ouvi esta semana um comentário do Max Geringher, com o qual muito me identifiquei.

Ele fez uma analogia interessante, comparando um colaborador que, contrariando a ordem e o conceito vigente, opta por permanecer muito tempo em uma organização.

Ele relembrou aquela fábula bem conhecida do elefante amestrado.

A fábula diz que o elefante, permanece preso a uma pequena e frágil estaca, simplesmente porque foi amestrado, tendo sido  colocado ali desde que era pequeno ele tentou várias vezes se soltar mas não conseguiu;  ao crescer, se acostumou e não mais tentou.

Max pondera de que o elefante pode não se soltar da estaca, por opção própria. Porque ali ele é diariamente lavado, escovado, bem tratado e bem alimentado.  E é assim que ele se sente feliz e confortável.

A moda influencia demais a nossa vida, e no mercado de trabalho também há conceitos que ficam na moda. Eles mudam de tempos em tempos, mas tem sempre algo que pode ser considerado “in”.

No atual mercado, permanecer na mesma empresa muito tempo está completamente fora de moda.

Mas eu lhe pergunto: você prefere estar na moda ou ser feliz?