Me dá medo do medo que dá.

Gosto muito dessa música do Lenine, a letra é excepcional e retrata bem a emoção que nos domina em diversos momentos da vida.

Hoje em dia é muito comum nos deparar com pessoas com crise de ansiedade, depressão e pânico. Todos conhecemos alguém que já passou ou está passando por isso.

Aliás quem de nós está livre de se sentir ansioso vez ou outra? Eo que é a ansiedade se não o medo chegando? E o pânico?  Nada mais que o medo em seu clímax.

Temos medo de perder o emprego, medo de ficar doentes, medo de sofrer, de sentir dor, do presente e do futuro.

O medo não só nos domina ele nos paralisa, não conseguimos pensar, não temos coragem de decidir e nem forças para agir. O medo nos impede de viver e de crescer.

Com medo do medo, da insegurança e da incerteza, muitos de nós decidimos viver de forma independente. Acreditamos que se não dependermos de ninguém, se não tivermos laços e compromissos estaremos seguros, livres do risco do sofrimento. Por isso, muitos se isolam, não querem se relacionar, se envolver com pessoas ou causas, fazer favores ou manter amigos. Preferem viver para si mesmos.

O que muitos de nós ignoramos é que a interdependência é inerente à vida.

Desde que nascemos precisamos uns dos outros, para nos alimentar, nos ensinar, nos corrigir e nos ajudar não só a sobreviver, mas  a viver, feliz e plenamente.

Para mim, a frase mais profunda da música do Lenine, é a que diz: “o medo é a medida da indecisão”.

Não deixe que o medo o domine, decida hoje mesmo enfrentar todos os seus medos.

Relacione-se; assuma compromissos, envolva-se, se engaje, seja generoso e aberto, entregue-se , sem medo e sem reservas. Você pode sofrer, se decepcionar e até sentir dor, mas só assim vai  ter certeza de que não está deixando a vida “passar em branco”, só assim você vai viver de forma plena e feliz.