Já aprendi tudo que devia saber – parte 1

 

No livro “Tudo que eu devia saber na vida, aprendi no jardim da infanância”, o escritor Robert Fulghun nos delicia com um texto fantástico, ele escreve:

Grande parte do que eu realmente preciso saber sobre a vida, o que fazer, como ser, eu aprendi no jardim da infância. 

Não foi na universidade nem na pós-graduação que eu encontrei a verdadeira sabedoria, e sim no recreio do jardim da infância. Foi exatamente isto que aprendi: compartilhar tudo, brincar dentro das regras, não bater nos outros, colocar as coisas de volta no lugar onde as encontrei, limpar a própria sujeira, não pegar o que não era meu, pedir desculpas quando machucava alguém, lavar as mãos antes de comer, puxar a descarga do banheiro. 

Também descobri que café com leite é gostoso, que uma vida equilibrada é saudável e que pensar um pouco, aprender um pouco, desenhar, pintar, dançar, planejar e trabalhar um pouco todos os dias, nos faz muito bem. Tirar uma soneca todas as tardes, tomar muito cuidado com o trânsito, segurar as mãos de alguém e ficar juntos, são boas formas de enfrentar o mundo. 

Prestar atenção em todas as maravilhas e lembrar da pequena semente que, um dia, plantamos em um copo de plástico. As raízes iam para baixo e as folhas iam para cima mas ninguém realmente sabia nem porquê. Mas nós somos assim! 

Peixinhos dourados, hamsters e ratinhos brancos; e até mesmo a pequena semente do copo de plástico, tudo morre um dia. E nós também. 

Tudo que você realmente precisa saber esta aí. Faça aos outros aquilo que você gostaria que eles fizessem para você. Amor, higiene básica, ecologia e política contribuem para uma vida saudável. 

Penso que tudo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro – tomássemos café com leite todas as tardes e descansássemos um pouquinho abraçados a um travesseiro. Ou se tivéssemos uma política básica em nossa nação e em todas as coisas também, para sempre colocarmos as coisas de volta ao lugar onde as encontramos, limpando nossa própria sujeira. E ainda é verdade que, seja qual for a idade, – o melhor é darmos as mãos e ficarmos juntos! 

Fonte: Folha de São Paulo 

Este texto é muito importante para os jovens em início de carreira,  que saem da faculdade acreditando que o diploma os capacitou completamente para o exercício da profissão e para o mercado de trabalho.

O que tenho visto no dia a dia do RH é que mais que conhecimento – que tem se tornado cada vez mais acessível a todos-  os jovens profissionais precisam se lembrar dos valores que aprenderam quando crianças.

Cumprimentar as pessoas ao escrever um e-mail, dizer “por favor” e obrigado, pedir desculpas quando erra, magoa alguém de forma intencional ou não,   ou falta a um compromisso (chegar atrasado por exemplo); saber ser generoso e dividir o mérito por uma ideia ou um trabalho bem feito; ser agradecido pelas conquistas já obtidas e ter paciência para obter outras.

Estes são apenas alguns exemplos das atitudes aprendidas nos tempos de criança,  que se forem aliadas à competência técnica podem tornar o dia a dia e a vida profissional de todos bem melhor.

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